domingo, 17 de outubro de 2010

Irreconhecível, Timbu perde para o Bahia

Atacante marca os três gols da vitória por 3 a 0 que consolida o Esquadrão de Aço no G-4. Revés deixa o Timbu com 37 pontos e ainda ameaçado

Por GLOBOESPORTE.COM Salvador
adriano bahia gol náutico 
Adriano marcou os três gols do triunfo do Bahia
(Foto: Romildo de Jesus / Agência Estado)


Diante de 27.116 torcedores pagantes no Estádio Municipal de Pituaçu, que oraram uníssonos assim que o árbitro encerrou a partida, o Bahia bateu o Náutico por 3 a 0, neste sábado, pela 29ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, e se consolidou no G-4, na terceira posição. Soma 52 pontos e está atrás do Figueirense apenas pelo critério de saldo de gols. Os três gols do Esquadrão de Aço - e do jogo - foram marcados pelo centroavante Adriano "Michael Jackson".

O Alvirrubro caiu para a 13ª posição, com 37 pontos, insuficientes para se manter na Segunda Divisão. E fracassou na tentativa de acabar com o tabu de nunca ter vencido o adversário fora de casa.
Os times voltam a campo na próxima terça-feira. O Bahia viaja até Florianópolis para enfrentar o Figueirense, no Orlando Scarpelli, às 21h, enquanto o Náutico recebe o Paraná, às 21h50m, nos Aflitos.
Timbu fica com um homem a menos, e Esquadrão de Aço domina a primeira etapa
Mal deu a saída de bola, o Náutico começou dando as cartas. Logo no primeiro minuto, Geílson recebeu na área e finalizou, assustando o goleiro Fernando. Depois disso, o Bahia passou a dominar as ações. Aos sete, Jael recebeu pela esquerda e cruzou. Fábio Bahia dominou na entrada da área e emendou um chutaço. Gledson defendeu em dois tempos.

  Aos 17, Morais cobrou falta na área. Após a confusão, Marcone pegou a sobra, na altura da segunda trave, e mandou por cima do gol alvirrubro. No minuto seguinte, o lateral Jancarlos, com uma torção no joelho direito, saiu para a entrada de Leandro. Os ânimos estavam quentes, a ponto de o zagueiro Alisson, do Bahia, e o lateral Jeff Silva, do Náutico, discutirem. Aos 21, Márcio Tinga esqueceu a bola, deu uma entrada duríssima em Ávine e foi expulso, prejudicando o Timbu - foi a terceira expulsão do jogador na competição.


O gol tricolor parecia questão de tempo. Aos 24, Morais se livrou da marcação, pelo lado esquerdo, e cruzou rasteiro. Adriano "Michael Jackson" - apelido dado por imitar o falecido cantor pop americano nas comemorações - se antecipou e escorou para o fundo da rede, na saída de Gledson. O jogo ganhou em movimentação. Quando ainda estava em ritmo de comemoração, o Náutico ameaçou em cobrança de falta de Jeff Silva, mas Fernando segurou. Na sequência, Adriano desceu em velocidade, cortou o zagueiro, mas Fábio Bahia foi quem finalizou, pela linha de fundo, respondendo para o Esquadrão de Aço.
Embalado pela sua torcida, o Bahia chegou aos 2 a 0, novamente com Adriano, aos 38. Hélder, assim como fez Morais, explorou o lado direito da defesa, invadiu e cruzou na área. O centroavante apareceu no meio dos zagueiros Wescley e Walter e cabeceou firme, sem chance para Gledson. Aos 42, Hélder recebeu na área e bateu colocado, no canto. Gledson espalmou. Em seguida, Ávine desceu pela canhota e cruzou rasteiro, Wilton Goiano tentou cortar e quase fez gol contra. O Timbu estava entregue à pressão tricolor.
- Houve uma expulsão deles, o que sempre dificulta para o adversário. Temos que voltar para o segundo tempo com segurança e ratificar essa vitória - disse o técnico Márcio Araújo, do Bahia, após o fim do primeiro tempo, enquanto os jogadores do Náutico, cabisbaixos, desciam para o vestiário.

O técnico Roberto Fernandes, por sua vez, após assistir a atuação irreconhecível do Náutico no primeiro tempo, voltou para a etapa complementar com duas mudanças. Joélson deu lugar a Erick Flores, e Auremir substituiu Nilson. No entanto, quando a bola voltou a rolar, o Bahia chegou aos 3 a 0, e pela terceira vez com Adriano. Aos três minutos, Ávine mostrou visão de jogo e esticou na área. O atacante dominou, driblou Gledson e completou para a meta.

Com a vitória garantida, o Bahia passou a tocar mais a bola, diminuindo um pouco o ritmo, mas com total domínio da partida. Assim, aos 22, Márcio Araújo sacou Jael para a entrada de Everton e mais tarde, aos 28, Morais deixou o campo substituído por Rogerinho. Empolgada, a torcida tricolor gritava "olé" antes mesmo dos 30 minutos, contrastando com o desespero de Roberto Fernandes, que fez a última alteração no Timbu. Bruno Veiga, emprestado pelo Fluminense, entrou no lugar do inoperante camisa 10 Giovanni, aos 37, e nada fez.

De olé em olé, o Bahia valorizava o jogo, mas sem brincar. A defesa se manteve atenta e, sem acréscimo, o árbitro encerrou o jogo aos 45 minutos. Os torcedores não arredaram o pé da arquibancada e, num gesto de confiança e amor pelo time, oraram uníssonos com direito a aplausos pela atuação do Bahia diante do Náutico.

Nenhum comentário:

Postar um comentário